Vive em cada minuto
a tua eternidade
- sem luto
nem saudade.
Vive-a, pleno e forte,
num frenesim
de arremesso.
Para que a tua morte
seja sempre um fim
e nunca um começo.
José Gomes Ferreira
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Joelho
Ponho um beijo
demorado
no topo do teu joelho
Desço-te a perna
arrastando
a saliva pelo meio
Onde a língua
segue o trilho
até onde vai o beijo
Não há nada
que disfarçe
de ti aquilo que vejo
Em torno um mar
tão revolto
no cume o cimo do tempo
E os lençois desalinhados
como se fossem
de vento
Volto então ao teu
joelho
entreabrindo-te as pernas
Deixando a boca
faminta
seguir o desejo nelas
Maria Teresa Horta
demorado
no topo do teu joelho
Desço-te a perna
arrastando
a saliva pelo meio
Onde a língua
segue o trilho
até onde vai o beijo
Não há nada
que disfarçe
de ti aquilo que vejo
Em torno um mar
tão revolto
no cume o cimo do tempo
E os lençois desalinhados
como se fossem
de vento
Volto então ao teu
joelho
entreabrindo-te as pernas
Deixando a boca
faminta
seguir o desejo nelas
Maria Teresa Horta
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